segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O Mais Longo dos Dias (Cornellius Ryan)



O Célebre e Clássico Relato sobre o Dia D

O mais longo dos dias, valiosíssimo relato histórico, conta como os Aliados deram início ao final da Segunda Guerra Mundial, o mais mortífero combate já visto.

No famoso Dia D (6 de junho de 1944), milhares de soldados de várias nacionalidades, organizados na chamada Operação Overlord, furaram o paredão alemão desembarcando pelo Mar do Norte na costa da Normandia, na França ocupada pelos nazistas. Começava a libertação da Europa e a derrota das forças do Eixo (Alemanha, Japão e Itália); chegava ao fim o sonho delirante de Hitler de subjugar o mundo. Uma das mais sangrentas e emblemáticas batalhas já travadas, recriada em toda a sua expectativa, nervosismo, glória e horror.

Cornellius Ryan foi um dos mais proeminentes correspondentes de guerra do seu tempo. Esteve presente no Dia D e acompanhou o avanço das Forças Aliadas na França e Alemanha. Com aquilo que presenciou e outros relatos de primeira mão, além de relatórios oficiais, escreveu O mais longo dos dias, sua obra-prima, publicado originalmente em 1959 e levado às telas do cinema em 1962, numa superprodução que emocionou as platéias de todo o mundo.

Trechos da Obra:

"Pode acreditar em mim, Lang, as primeiras vinte e quatro horas da invasão serão decisivas... O destino da Alemanha depende desse resultado... Para os aliados, do mesmo modo que para a Alemanha, será o mais longo dos dias.", frase dita pelo Marechal-de-Campo Erwin Rommel ao seu ajudante-de-ordens em 22 de abril de 1944.

"Rommel organizara uma sangrenta festa de recepção para as tropas aliadas. Nunca na história das guerras modernas um conjunto de defesas mais poderoso ou mortal tinha sido preparado para uma força invasora. Entretanto, mesmo assim, Rommel não estava contente. Ele queria mais casamatas, mais obstáculos nas praias, mais minas, mais canhões, mais tropas. Acima de tudo, ele queria as maciças divisões panzer que estavam estacionadas como reserva em pontos distantes da costa. Ele vencera batalhas memoráveis com seus próprios panzers nos desertos da África do Norte. Agora, nesse momento crucial, nem ele nem Von Rundstedt podiam mobilizar essas formações blindadas sem o consentimento expresso de Hitler. O Führer insistia em preservá-las diretamente sob sua autoridade pessoal. Rommel precisava distribuir pelo menos cinco divisões blindadas ao longo da costa, prontas para contra-atacar logo nas primeiras horas do assalto aliado. Havia somente uma maneira de consegui-las: ele teria de ver Hitler pessoalmente. Muitas vezes, Rommel havia dito a Lang: 'Com Hitler, o último a falar tem sempre razão'. Nessa manhã de sol enevoado cor de chumbo sobre La Roche-Guyon, em que ele se preparava para partir e iniciar a longa jornada de automóvel até a Alemanha, Rommel estava mais do que nunca determinado a vencer."

"Agora, tudo dependia de Ike (apelido de Dwight D. Eisenhower). Tinha chegado o momento em que somente ele poderia tomar uma decisão. Houve um longo silêncio, enquanto Eisenhower sobepesava todas as possibilidades. O general Smith, que o observava, disse ter ficado impressionado com 'o isolamento e solidão' do comandante supremo, sentado com as mãos cruzadas sobre o tampo da mesa, em que depositava fixamente o olhar. Os minutos tiquetaquearam; alguns disseram que dois minutos transcorreram, outros que passaram cinco ou até mais. Então Eisenhower ergueu o rosto tenso e anunciou sua decisão."

"A princípio, Anne-Marie pensou que a granja estivesse deserta, porque não percebia qualquer movimento. Chamando seus pais, ela se lançou através do pequeno pátio. As janelas da casa estavam quebradas. Parte do telhado tinha desaparecido e havia um grande buraco aberto na porta. Subitamente, a porta rebentada se abriu e apareceram seu pai e sua mãe. Ela lançou os braços ao redor dos dois."

Este livro recria todo o clima de tensão dos momentos que antecederam o Dia D. Assim como coloca o leitor no calor do campo de batalha, combatento juntamente com os soldados. Baseado no que o autor presenciou, assim como em entrevistas com sobreviventes e documentos oficiais de ambos os lados do conflito, esta obra se torna uma narrativa histórica sobre a guerra.

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